As populações da Argélia e do Sudão estão fazendo história neste início de 2019. Após multitudinárias manifestações, Bouteflika e al-Bechir tiveram que renunciar a décadas de poder. Mas nem assim o ímpeto inicial das mobilizações parece ter se dissipado com as renúncias dos presidentes. Os protestos, protagonizados pelos jovens e pelas mulheres, continuam a questionar os regimes autoritários e corruptos, levando à imprensa internacional tratar os eventos como possíveis preâmbulos de uma nova Primavera Árabe.
Para ajudar a compreender esses riquíssimos processos, o Portal da Esquerda em Movimento indica os seguintes links:
BOUTEFLIKA RENUNCIOU: UMA REBELIÃO POPULAR EM MARCHA | Por Israel Dutra
O odiado Abdelaziz Bouteflika, o octagenário presidente da Argélia, anunciou sua renúncia em 02 de abril depois de uma impressionante jornada de mobilizações. Desde então, o povo segue na rua, exigindo a queda de todo o regime.
A REVOLTA NO SUDÃO | Por Israel Dutra e Erick Andrade
O Sudão tem experimentado, mais uma vez, um processo de ebulição social. Desde dezembro de 2018, milhares de pessoas estão ocupando as ruas contra Omar al-Bashir, que governou o país por 30 anos, sob a forma de um regime altamente autoritário e opressor, em especial com as mulheres.
“BOUTEFLIKA E EL-BASHIR SÃO APENAS A PONTA DO ICEBERG” | Entrevista do Liberation com Gilbert Achcar
O professor de relações internacionais e política Gilbert Achcar teme as transições difíceis no Sudão e na Argélia em vista de experiências passadas, na Líbia ou no Egito em particular.
TUNÍSIA E EGITO: UMA REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA E PERMANENTE PERCORRE OS PAÍSES ÁRABES (fevereiro de 2011)| por Israel Dutra e Pedro Fuentes
Análise de Israel Dutra e Pedro Fuentes, de fevereiro de 2011, acerca das revoluções democráticas ocorridas no Mundo Árabe que derrubaram governos ditatoriais no começo desta década.
DECLARAÇÃO DAS MULHERES ARGELINAS | por várias ativistas argelinas
Vivemos atualmente uma magnífica sublevação popular pacífica contra o sistema político existente. A presença massiva de mulheres nas manifestações testemunha as profundas transformações da nossa sociedade e exige um reconhecimento dos direitos das mulheres numa Argélia igualitária.