Publicado originalmente em The Call
No sábado, 30 de maio, eu fui até Mariachi Plaza em Boyle Heights, Los Angeles e me juntei a um contingente do DSA-LA para uma manifestação. De vista, estimei que haviam quinhentas pessoas presentes. O protesto tinha sido agendado com muita antecedência, mas foi adaptado pelos organizadores (Freedom Road Socialist Organization, um grupo maoísta com raízes no Novo Movimento Comunista) para responder à atual onda de revoltas urbanas.
Boyle Heights é um bairro majoritariamente latino, no Eastside da cidade. Esta comunidade altamente politizada com uma história de ativismo chicano está atualmente envolvida em uma luta de anos contra a gentrificação. A composição racial da multidão era em sua maioria branca e latina. Os participantes latinos eram de todas as idades, mas os brancos eram em sua maioria mais jovens. O programa foi orientado à comunidade latina do bairro, com muitos dos discursos proferidos em espanhol e sem tradução.
Vários familiares de latinos que foram mortos pela LAPD subiram ao palco para falar sobre suas experiências pessoais com a violência policial, conectando as lutas de suas próprias famílias, colegas de trabalho, amigos e vizinhos à opressão vivida pelos negros americanos em Los Angeles e em todo o país. Um homem latino subiu ao palco e levantou sua camisa para mostrar as cicatrizes no estômago por ter sido baleado pela polícia.
O clima era decididamente anti-polícia – a certa altura um helicóptero da polícia de Los Angeles voou por cima e as pessoas ficaram zombando. A retórica era centrada principalmente no racismo, mas os anfitriões do evento também faziam uma referência ocasional ao capitalismo. A solidariedade multirracial contra a violência policial foi um dos temas principais dessa manifestação. Muitos dos cartazes diziam coisas como “Latinx para Black Lives” e “Tu lucha es mi lucha”, que significa “A tua luta é a minha luta”.
(Escrito por Meagan, militante do DSA Los Angeles e do caucus Bread & Roses do DSA)